Situação "crítica em alguns locais" de Avdiivka, epicentro de combates no leste
A ofensiva russa à cidade de Avdiivka já dura há vários meses. O presidente da câmara da cidade fala em “combates de rua” entre o exército russo e ucraniano
A ofensiva russa à cidade de Avdiivka já dura há vários meses. O presidente da câmara da cidade fala em “combates de rua” entre o exército russo e ucraniano
O presidente da câmara de Avdiivka, cidade no leste da Ucrânia desde há meses alvo de ofensiva russa, indicou hoje que a situação é "crítica em alguns locais", com os primeiros "combates de rua" com soldados russos.
"A situação na cidade é muito complicada, muito tensa. Se há várias semanas que dizemos que a situação está muito difícil, mas sob controlo, agora a situação está muito difícil e, em alguns locais, crítica", afirmou Vitali Barabach na televisão.
Segundo o autarca, grupos de sabotadores e batedores russos "estão a invadir a cidade", provocando confrontos isolados com o Exército ucraniano nas ruas.
"Isso não quer dizer que tudo esteja perdido", acrescentou Barabach, embora referindo que o Exército russo "está a dirigir muitas forças para a cidade".
Só hoje, disse já ter contado "50 disparos maciços de morteiros" sobre Avdiivka. De acordo com o presidente da câmara, restam ainda 945 civis na cidade industrial, apesar dos combates e da destruição.
O canal DeepState, na plataforma digital Telegram, próximo do Exército ucraniano e seguido por mais de 600.000 pessoas, relatou um dia "extremamente difícil" no norte de Avdiivka, onde "a situação continua a deteriorar-se".
"Os combates prosseguem na maioria das posições. Em alguns locais, o inimigo conseguiu avançar, e noutros, as forças de defesa conseguiram repelir os ataques", relatou.
O jornalista ucraniano Yuri Butusov, que regularmente publica notícias da frente de batalha, afirmou hoje no Telegram que os defensores de Avdiivka "estão a bater-se desesperadamente" e "têm literalmente falta de tudo".
As forças russas tentam há meses cercar Avdiivka, onde os soldados ucranianos estão entrincheirados em posições fortificadas. Trata-se de um dos pontos nevrálgicos da frente de batalha desde o fracasso da contraofensiva ucraniana no verão passado.
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