Têm mais de 65 anos e lutam ou lutaram contra um cancro. É isto que têm em comum as dezenas de pessoas que desde o ano passado se juntam todas terças e quintas-feiras no pavilhão multiusos da Ajuda para fazer exercício físico.
É desta sinergia entre a saúde mental e física que nasceu o projeto do 'Passo ao Abraço'. Através do exercício físico quer potenciar a longevidade dos idosos com cancro, a faixa etária onde a doença é mais prevalente.
“Do ponto de vista científico provou que tem um aumento da sobrevivência nos doentes e também tem um aumento da qualidade de vida, nomeadamente com a tolerância aos tratamentos. Mas neste programa, uma das vantagens era melhorar as relações humanas e melhorar a rede de contacto entre as pessoas. O fator mais importante de longevidade para todos nós são as relações humanas”, diz Vasco Fonseca, oncologista.
As sessões duram entre 45 a 60 minutos. São desafiantes, mas adaptáveis às limitações de cada um. Educa-se para o exercício físico… incute-se o hábito e os resultados estão à vista.
“As pessoas manifestam que mudaram a vida, mudaram a forma de estar, andam muito mais, convivem muito mais”, explica Cristina Vaz de Almeida da Sociedade portuguesa de literacia em saúde.
O projeto em rede da sociedade portuguesa de literacia em saúde vai ser replicado ao nível nacional numa altura em que a esperança média de vida e os diagnósticos de cancro aumentam de ano para ano. O projeto arrancou em janeiro do ano passado e está integrado no Plano Nacional de Envelhecimento Ativo e Saudável.
Este projeto é apoiado por patrocinadores, sendo todo o conteúdo criado, editado e produzido pelo Expresso (ver Código de Conduta), sem interferência externa.
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