Longevidade

Madeira vai ter programa pioneiro de longevidade e inovação cardiovascular

Imagens de TAC de AVC isquémico, vulgo trombose. A trombectomia retira o trombo e evita sequelas, mas tem de ser feita até seis horas após os sintomas
Imagens de TAC de AVC isquémico, vulgo trombose. A trombectomia retira o trombo e evita sequelas, mas tem de ser feita até seis horas após os sintomas
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O objetivo é promover a prevenção das Doenças Cérebro-cardiovasculares, reduzir o seu impacto e promover a deteção precoce de eventos associados

Madeira vai ter programa pioneiro de longevidade e inovação cardiovascular

André Rito

Jornalista

A Região Autónoma da Madeira vai ter um programa pioneiro de longevidade e inovação cardiovascular. A iniciativa resulta de uma parceria entre a Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil e a Novartis, através de um protocolo de colaboração que foi assinado esta quarta-feira, no Centro de Estudos de História do Atlântico.

O programa tem como objetivos promover a prevenção das Doenças Cérebro-Cardiovasculares (DCCV), a redução do seu impacto e a deteção precoce dos eventos a elas associados - nomeadamente acidentes vasculares cerebrais (AVC) e enfarte agudo do miocárdio, respetivamente a primeira e segunda causas de morte em Portugal.

“Queremos dedicar a nossa atenção a montante, na sensibilização para os fatores de risco”, afirma ao Expresso Pedro Ramos, da Secretaria Regional da Saúde e da Proteção Civil da Madeira. De recordar que o Governo Regional foi pioneiro na criação de uma Direção Regional para as Políticas Públicas Integradas e Longevidade, em 2022. Agora, com esta parceria com a Novartis, as autoridades de saúde da região estão apostadas na prevenção das DCCV, e sensibilização para os fatores de risco.

“Trinta por cento da mortalidade em Portugal está associada a esta área. Queremos criar um novo ecossistema de saúde com base na longevidade, seguindo as orientações da OMS, através de uma medicina preventiva e personalizada, com mais literacia, melhores hábitos”, complementa Pedro Ramos.

Enquadrado na Estratégia Regional de promoção de políticas públicas para a longevidade e do Plano Regional de Saúde 2021-2030, o programa irá assentar em três pilares com impacto na comunidade, nos cuidados de saúde e na longevidade. Data Intelligence – posicionar a Madeira como uma referência na utilização de dados e na Investigação Clínica; Inovação Tecnológica combinada com Inovação Terapêutica – Identificação automatizada e intervenção urgente nos doentes em risco iminente de evento cardiovascular e Criação de uma Unidade Avançada de Longevidade Cardiovascular assente nas melhores práticas internacionais.

Com um legado de investigação, desenvolvimento, conhecimento, presença global, a Novartis é a parceira deste projeto para fazer face aos desafios colocados pela longevidade. “A ideia é definirmos objetivo comum, e a nossa posição é contribuir com a inovação terapêutica e investigação clínica, porque temos essa experiência em todo o mundo”, diz Simon Gineste, presidente da Novartis Portugal. “Queremos trazer o nosso conhecimento para o arquipélago da Madeira, mas o modelo pode e deve ser replicado. Acredito que um projeto desta natureza pode chegar ao resto do país, com mais intervenientes. Não conseguimos mudar o impacto destas doenças se não trabalharmos em conjunto, com objetivos comuns.”

O protocolo foi assinado hoje, na data em que se assinala o Dia Nacional do Doente Coronário, instituído pela Fundação Portuguesa de Cardiologia para recordar a população para a problemática da doença coronária e dos fatores de risco.

Lançado em 2022, Longevidade é um projeto do Expresso – com o apoio da Novartis – com a ambição de olhar para as políticas públicas na longevidade, discutindo os nossos comportamentos individuais e sociais com um objetivo: podermos todos viver melhor e por mais tempo.

Este projeto é apoiado por patrocinadores, sendo todo o conteúdo criado, editado e produzido pelo Expresso (ver Código de Conduta), sem interferência externa.

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