A investigação, conhecida como Luanda Leaks trouxe para a luz do dia, uma série de documentos secretos com detalhes sobre as finanças da mulher mais rica de África.
E suscitou uma série de questões cujo levantamento ainda está por fazer. É o caso do papel das ensolaradas ilhas de Cabo Verde na construção do seu controverso império empresarial por todo o mundo.
A investigação mostra como Isabel dos Santos, a filha multimilionária do antigo Presidente angolano, usou o seu próprio banco no turístico arquipélago para desviar milhões de dólares em pagamentos de empreiteiros chineses e europeus que trabalharam em projetos de construção no país do seu pai.
Os pagamentos feitos através do ambiente pouco regulado de Cabo Verde — um arquipélago lusófono na costa ocidental de África — foram feitos ao mesmo tempo que o escrutínio aos seus negócios aumentou no alargado sistema bancário internacional.
Isabel dos Santos, uma “pessoa exposta politicamente” (PEP) na terminologia do branqueamento de capitais, comprou o banco em 2013. Foi no mesmo ano que os reguladores de Cabo Verde aparentemente renunciaram às suas leis de propriedade e lhe deram uma licença bancária.
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