Luanda Leaks

PSP confirma suspeitas de suicídio na morte de gestor de conta de Isabel dos Santos

Nuno Ribeiro Cunha foi encontrado morto ontem à noite no apartamento onde vivia em Lisboa. Todos os indícios apontam para suicídio, diz ao Expresso fonte da PSP

PSP confirma suspeitas de suicídio na morte de gestor de conta de Isabel dos Santos

Liliana Coelho

Jornalista

PSP confirma suspeitas de suicídio na morte de gestor de conta de Isabel dos Santos

Rui Gustavo

Jornalista

Nuno Ribeiro da Cunha, gestor do EuroBic
DR

O diretor do EuroBic e gestor de conta de Isabel dos Santos, Nuno Ribeiro Cunha, foi encontrado morto na quarta-feira à noite no apartamento onde vivia em Lisboa.

Ao Expresso fonte da PSP disse que “todos os indícios apontam para a hipótese de suicídio”. O corpo foi encontrado na garagem da habitação em Lisboa.

A morte de Nuno Ribeiro Cunha acontece no mesmo dia em que o procurador-geral da República de Angola, Hélder Pitta Grós, anunciou que Isabel dos Santos e vários gestores portugueses próximos da empresária foram constituídos arguidos. Isabel dos Santos – que já vendeu a participação de 42,5% no banco EuroBic –, é suspeita de má gestão e desvio de fundos da Sonangol.

Além de Nuno Ribeiro Cunha foram constituídos arguidos Mário Leite da Silva, gestor de Isabel dos Santos e presidente do Conselho de Administração do Banco Fomento de Angola (BFA), Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol e Paula Oliveira, administradora da NOS.

O inquérito à filha do antigo Presidente angolano foi aberto na sequência de uma denúncia do ex-presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, no âmbito da investigação Luanda Leaks feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), do qual o Expresso e a SIC fazem parte, com base em mais de 715 mil documentos sobre operações financeiras e atividades empresariais de Isabel dos Santos.

Esta tarde o procurador-geral da República de Angola, Hélder Pitta Grós, vai reunir-se com a sua homóloga, Lucília Gago, na sede da Procuradoria-Geral da República em Lisboa.

Embora o PGR angolano tenha afirmado ontem, em declarações à RTP, que vinha a Lisboa pedir ajuda sobre “muita coisa”, sem esclarecer os motivos do encontro com a PGR portuguesa, ambos deverão discutir o caso de Isabel dos Santos, entre outros assuntos. Além da cooperação das autoridades entre os dois países, Hélder Pitta Grós e Lucília Gago deverão debater a questão dos arguidos portugueses envolvidos nos negócios da empresária angolana.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lpcoelho@expresso.impresa.pt

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