As inspeções do Banco de Portugal, as respostas ao Consócio Internacional dos Jornalistas de Investigação, silêncios cautelosos e queixas com contornos criminais
Coincidência ou não quatro anos depois do Banco de Portugal ter feito uma inspeção ao BIC Português (hoje EuroBic), em 2015, e ter detectado falhas graves ao nível das políticas de controlo de risco e branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, o banco controlado em 42,5% por Isabel dos Santos volta a estar na mira do supervisor português liderado por Carlos Costa.
Em causa estão também matérias relacionadas com a gestão e o controlo interno de riscos e branqueamento de capitais, numa operação de escrutínio que começou a ser feita em novembro de 2019, como já foi noticiado pelo Expresso
Em 2015 foi feita uma inspeção que arrasou a gestão do banco à data liderado por Fernando Teles e Luís Mira Amaral, então presidentes do EuroBic. Em novembro de 2019 surge nova inspeção e também uma queixa de Ana Gomes à Procuradoria Geral da República e à Autoridade Tributária.
Consórcio internacional questiona Banco de Portugal
Desta vez o EuroBic extravasou fronteiras e está também no centro do Luanda Leaks, uma investigação de oito meses coordenada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), em que participam o Expresso, a SIC e mais 34 órgãos de comunicação social, com base numa fuga de informação de mais de 715 mil ficheiros e relacionado com a forma como Isabel dos Santos construiu a sua fortuna e geriu os seus negócios beneficiada pelo facto de ser filha do ex-presidente José Eduardo dos Santos.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: IVicente@expresso.impresa.pt