União Europeia

Ursula von der Leyen é recandidata a presidente da Comissão Europeia

Ursula von der Leyen é recandidata a presidente da Comissão Europeia
OLIVIER HOSLET/EPA/Lusa

A alemã confirma que quer ficar à frente da Comissão Europeia. Deverá ter o apoio da maioria dos líderes europeus, falta garantir que consegue também a maioria absoluta dos eurodeputados

Ursula von der Leyen é recandidata a presidente da Comissão Europeia

Susana Frexes

Correspondente em Bruxelas

Sem surpresa, Ursula von der Leyen diz que quer continuar a ser presidente do executivo comunitário. Esta segunda-feira pôs fim aos suspense, com o apoio dos democratas-cristãos da CDU alemã. É o primeiro passo, num processo em que ao apoio do seu partido deverá somar-se o da família política europeia, o Partido Popular Europeu, de que fazem parte PSD e CDS.

Em Berlim, põe o foco da candidatura na segurança e defesa. "Para mim o mais importante é que queremos reforçar a democracia da Europa e da UE e responder a todos os desafios à nossa volta de forma a que as pessoas se sintam protegidas e seguras na UE. Um dos principais tópicos é a competitividade da nossa economia mas ooutro é a segurança. O nosso slogan será defender a democracia e os nossosvalores", disse aos jornalistas.

Será cabeça de lista (spitzenkandidat) do PPE às eleições europeias, ou seja, será a candidata do centro-direita europeu e dos democratas cristãos à presidência da Comissão Europeia. Um caminho que tem estado a consolidar discretamente. A alemã avança com a convicção de que terá o apoio dos líderes europeus. Só o húngaro Viktor Orbán tem dito abertamente que é contra a atual presidente.

Para continuar, precisa de garantir uma dupla maioria: uma maioria qualificada dos líderes europeus (no Conselho Europeu) e uma maioria absoluta de eurodeputados. São os chefes de Estado e de Governo que nomeiam a presidente da Comissão Europeia e é o Parlamento Europeu que a elege.

Há cinco anos, passou no hemiciclo por menos de uma dezena de votos. E essa é a grande questão, se consegue voltar a ser eleita, numa altura em que as sondagens dão uma viragem ainda mais à direita no hemiciclo. Há cinco anos passou com os votos do PPE, dos Socialistas e Liberais, mas essa maioria poderá agora não chegar.

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