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União Europeia

Balcãs Ocidentais na UE? A “culpa” do atraso é “de ambos”: “os Balcãs não fizeram o trabalho de casa e a UE tem sido negligente ou indecisa”

Maja Piscevic, membro sénior do grupo de reflexão Atlantic Council, defende que, com a invasão russa da Ucrânia, o alargamento passou a ser “um imperativo para a UE, porque a segurança se tornou um novo paradigma”. Em entrevista ao Expresso, a sérvia não hesita em apontar o maior entrave à adesão do seu país de origem ao bloco comunitário: “claramente a falta de vontade política para aplicar o Estado de Direito e a democracia”

Balcãs Ocidentais na UE? A “culpa” do atraso é “de ambos”: “os Balcãs não fizeram o trabalho de casa e a UE tem sido negligente ou indecisa”

Hélder Gomes

Jornalista

Belgrado tem enviado sinais contraditórios para Bruxelas quando continua em cima da mesa a adesão da Sérvia à União Europeia (UE), reconheceu Maja Piscevic em conversa com o Expresso na última sexta-feira, no arranque do primeiro conclave da organização EuropaNova em Cascais.

Membro sénior do ‘think tank’ americano Atlantic Council, adverte que os movimentos de afastamento e reaproximação à Rússia não ajudam a Sérvia, “nem ajudam a UE a considerá-la um membro credível”. Neste caso particular, “há muito trabalho a fazer, o que inclui, ou deveria incluir, a resolução da questão com o Kosovo”, destaca Piscevic.

Nos Balcãs Ocidentais, quatro países estão na fase das negociações – Macedónia do Norte, Montenegro, Sérvia e Albânia –, enquanto a Bósnia-Herzegovina é candidata desde o ano passado e o potencial candidato Kosovo não é reconhecido por cinco Estados-membros da UE, incluindo Espanha, nem pela Sérvia.

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