Klaus Welle começou por ser secretário-geral do Partido Popular Europeu (PPE, centro-direita), depois do Grupo do PPE e, entre 2009 e o final do ano passado, do Parlamento Europeu (PE). À margem de um encontro do PPE em Split, na Croácia, o democrata-cristão alemão falou ao Expresso sobre o alargamento da União Europeia (UE) à Ucrânia, salientando que “o PE tem sido uma força motriz nessa matéria” e deverá continuar a sê-lo.
A dois dias de eleições legislativas na Eslováquia, Welle sugere que os socialistas europeus sigam o exemplo do PPE, que em 2019 suspendeu o partido Fidesz, do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, por retrocesso democrático e no Estado de Direito. Isto porque Robert Fico, que é de um partido que se diz social-democrata e já foi duas vezes primeiro-ministro da Eslováquia, tem assumido um discurso marcadamente pró-russo. Fico está bem posicionado nas sondagens para conquistar um terceiro mandato no sábado.
A duas semanas das legislativas na Polónia e em plena crise dos cereais ucranianos, o ex-secretário-geral do PPE recomenda que “se deixe a poeira assentar”. E justifica: “Objetivamente, a Polónia e a Ucrânia são países muito próximos e têm uma história comum. Ora, se a Ucrânia se mantiver livre e una, a Rússia não nos pode ameaçar. E isto tem uma dimensão que vai além de um diferendo sobre importação e exportação de cereais”.
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