Um grupo de homens armados, vestindo uniformes militares, abriu hoje fogo numa sala de concertos em Moscovo, onde se registaram também explosões, causando um número indeterminado de vítimas, segundo agências noticiosas russas. Vários números têm circulado, com o governador regional de Moscovo a referir, no Telegram, que pelo menos 40 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas
A agência estatal russa RIA Novosti informou que pelo menos três homens irromperam pela sala de concertos e dispararam armas automáticas.
A agência noticiosa estatal Tass adianta que o local do ataque foi o Crocus City Hall, uma grande sala de espetáculos localizada no extremo ocidental da capital russa.
Vários outros meios de comunicação social russos relataram o ataque e que o local está em chamas, enquanto são retirados civis e acorrem unidades especiais de polícia.
Os serviços de emergência de Moscovo informaram que cerca de 100 pessoas foram retiradas pelos bombeiros da cave do edifício da sala de concertos.
"Estão em curso trabalhos para resgatar as pessoas do telhado do edifício utilizando equipamento de elevação", informou o Ministério das Situações de Emergência da Região de Moscovo através do canal de mensagens Telegram.
O presidente do município de Moscovo, Sergei Sobianin, confirmou vítimas mortais após o ataque à sala de concertos.
"Uma terrível tragédia aconteceu hoje no Crocus City. Apresento as minhas condolências aos familiares dos mortos", disse o autarca.
O patriarca ortodoxo Cirilo "orou pela paz das almas dos defuntos", segundo seu porta-voz, Vladimir Legoida.
O ataque não foi reivindicado até ao momento.
Longas rajadas de tiros são audíveis em vários vídeos publicados quer pelos meios de comunicação social russos, quer nas redes sociais.
Num desses vídeos são visíveis dois homens com armas a deslocarem-se pelo edíficio, enquanto um outro vídeo mostra um homem dentro da sala a garantir que os atacantes atearam um incêndio, ouvindo-se, em segundo plano tiros incessantes.
Andrei Vorobyov, governador da região de Moscovo, informou que se estava a dirigir para o local e que criou uma força de intervenção para gerir a situação, sem dar mais pormenores.
Várias missões diplomáticas de países ocidentais em Moscovo, incluindo a Embaixada de Portugal, alertaram no dia 8 de março para possíveis ataques terroristas na Rússia nos dias seguintes, aconselhando os cidadãos a evitarem "locais com grande concentração de pessoas".
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