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Reino Unido

“Dia vergonhoso”: passados 40 anos, mais de 30 mil pessoas infetadas com sangue contaminado vão ser indemnizadas

Familiares de pessoas afetadas pelo sangue contaminado no Reino Unido durante uma vigília em Londres, a 19 de maio
Familiares de pessoas afetadas pelo sangue contaminado no Reino Unido durante uma vigília em Londres, a 19 de maio
Hollie Adams/Reuters

Relatório estima que pelo menos 30 mil britânicos tenham contraído hepatite ou sida ao serem tratadas com sangue contaminado em hospitais públicos. A tragédia podia ter sido “evitada em larga medida”. Primeiro-ministro fala num dia “vergonhoso para o Estado britânico”. Indemnizações começam a ser pagas no final do ano e podem custar ao Estado mais de 11 mil milhões de euros

John Shackleton viu ser-lhe diagnosticada hemofilia B, em 1983, aos seis anos. Uma doença rara que surge quando a produção do fator IX da coagulação do sangue é insuficiente. Na altura, dirigiu-se com a mãe ao Blackburn Royal Infirmary Hospital, no noroeste de Inglaterra, onde começou a receber transfusões de sangue. Segundo o médico, tal permitir-lhe-ia viver uma vida normal. “Eu era filho único e a minha mãe solteira e, por isso, muito protetora. Foi-lhe assegurado que não existiam quaisquer riscos neste tratamento”, relata o britânico, casado e com dois filhos.

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