Purpurinas e mangas arregaçadas no congresso dos trabalhistas, que só pensam em Downing Street

Keir Starmer subiu ao palco do congresso do Partido Trabalhista, que acabou na quarta-feira em Liverpool, com a confiança e a esperança de o fazer pela última vez enquanto líder da oposição. Os 20 pontos percentuais de avanço nas sondagens sustentam o sonho de ser primeiro-ministro. Perante uma plateia entusiasta e composta, o líder estava pronto a fazer-se ouvir além daquelas quatro paredes, num discurso a pensar no país.

Mesmo antes de começar, contudo, Starmer foi interrompido por um manifestante que invadiu o palco e o cobriu de purpurinas, protagonizando o momento mais insólito do encontro. Apesar de ter ficado visivelmente desagrado, o chefe da oposição não desarmou e, no final, o conjunto até pareceu resultar bastante bem. Starmer despiu o casaco de fato, dobrou as mangas da camisa branca e começou o discurso com um brilho extra, não só no colarinho, mas também na opinião pública, já que a forma e o conteúdo encaixaram na perfeição.