A paralisação, que visa também defender a flotilha humanitária que leva ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, abrange todos os setores, público e privado, estando a afetar sobretudo os transportes. De acordo com os sindicatos, "todos os principais portos da Itália, 90% dos transportes públicos e 50% das ferrovias foram bloqueados".
"A greve foi convocada em resposta ao genocídio em curso na Faixa de Gaza, ao bloqueio da ajuda humanitária pelo exército israelita e às ameaças contra a missão internacional da Flotilha Global Sumud", explica a central sindical USB (Unione Sindacale di Base), denunciando ainda a inércia do governo italiano e da União Europeia, "que se recusam a impor sanções ao Estado de Israel e continuam a manter relações económicas e institucionais, apesar da gravidade da situação".
Em Roma e em várias outras cidades os manifestantes bloquearam estradas, havendo registo de confrontos com a polícia em Milão. Na capital, mais de 20 mil pessoas reuniram-se em frente à estação de comboios Termini com bandeiras palestinianas e a gritar "libertem a Palestina".
"Se algo que não existe for reconhecido no papel, o problema pode parecer resolvido quando, na verdade, não está", disse a primeira-ministra Giorgia Meloni, citada pelo "The Guardian".
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