Guerra no Médio Oriente

Guterres pede a Israel que reverta expansão de colonatos na Cisjordânia e alerta para riscos de uma ofensiva militar em Gaza

Guterres pede a Israel que reverta expansão de colonatos na Cisjordânia e alerta para riscos de uma ofensiva militar em Gaza
Anadolu

"Precisamos que a diplomacia silencie as armas e evite uma escalada, acesso humanitário para chegar às pessoas necessitadas e um forte apoio aos esforços regionais para reconstruir a confiança e as instituições", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu hoje a Israel que reverta a decisão de autorizar a construção de novas habitações israelitas na Cisjordânia ocupada, em violação do direito internacional.

"A decisão das autoridades israelitas de expandir a construção de colonatos ilegais, que dividirão a Cisjordânia, deve ser revertida. Qualquer construção de colonatos é uma violação do direito internacional", disse o português durante uma conferência de imprensa na cidade japonesa de Yokohama, onde participa num fórum sobre desenvolvimento e investimento em África.

Guterres reiterou também que é "vital" alcançar um cessar-fogo imediato em Gaza e a libertação incondicional de todos os reféns, bem como "evitar a morte em massa e a destruição que uma operação militar contra Gaza inevitavelmente causará".

Numa aparição durante o segundo dos três dias da Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano (TICAD), o responsável máximo da ONU disse que o desenvolvimento não pode existir sem paz.

"Precisamos que a diplomacia silencie as armas e evite uma escalada, acesso humanitário para chegar às pessoas necessitadas e um forte apoio aos esforços regionais para reconstruir a confiança e as instituições", disse.

O secretário-geral da ONU sublinhou ainda a necessidade de uma reforma do Conselho de Segurança da organização, que, devido às "divisões geopolíticas das superpotências", "tem sido incapaz de encontrar o consenso necessário para pôr fim a todos estes conflitos", entre os quais mencionou o palestino-israelita, a crise no Médio Oriente e a guerra na Ucrânia.

"As nossas instituições devem refletir o mundo atual, não o que existia em 1945. Isto implica um Conselho de Segurança reformado para ser mais representativo e eficaz" para estes territórios e também para os países em desenvolvimento, declarou o português.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate