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Guerra no Médio Oriente

Enquanto a fome assola Gaza, Netanyahu causa indignação ao falar de hambúrgueres no YouTube

Dois milhões de pessoas passam fome em Gaza
Dois milhões de pessoas passam fome em Gaza
Anadolu

O primeiro-ministro israelita partilhou as suas preferências alimentares e a sua cadeia de fast food favorita, num momento em que a população da Faixa de Gaza enfrenta uma crise humanitária sem precedentes. A indignação sobe de tom, mas que se seguirá? Para já, dizem ao Expresso responsáveis da ONU, os países da Europa não passaram das palavras aos atos, o que os torna cúmplices da tragédia palestiniana

Tal como a invasão russa da Ucrânia aumentou, entre os europeus, o apoio à soberania daquele país, Benjamin Netanyahu arrisca-se a ficar na História como o primeiro-ministro de Israel que — não com avanços diplomáticos, mas com uma guerra de agressão implacável — inspirou os primeiros passos para o reconhecimento do Estado da Palestina. A revolta contra as suas ações vem aumentando há meses, mas, nos últimos dias, conseguiu atrair críticas de todo o espectro político.

No fim de semana, com as imagens da população faminta em Gaza a elevarem a indignação mundial, o governante surgiu em vídeo (de camisa preta de marca e óculos escuros) para dizer que a ajuda humanitária que Israel deixaria entrar na Faixa teria de ser “mínima”.

Dias antes, Netanyahu fora entrevistado no programa juvenil “Full Send Podcast” por Kyle Forgeard e Aaron ‘Steiny’ Steinberg, membros dos Nelk Boys, grupo de influenciadores digitais conhecido pelos seus vlogs e vídeos de partidas. Mais recentemente, os Nelk Boys têm somado cada vez mais subscritores (mais de 8,5 milhões no YouTube) com entrevistas a figuras políticas conservadoras de grande destaque, como Donald Trump, e pelo alinhamento com figuras da “manosfera”, como Andrew Tate.

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