Tal como a invasão russa da Ucrânia aumentou, entre os europeus, o apoio à soberania daquele país, Benjamin Netanyahu arrisca-se a ficar na História como o primeiro-ministro de Israel que — não com avanços diplomáticos, mas com uma guerra de agressão implacável — inspirou os primeiros passos para o reconhecimento do Estado da Palestina. A revolta contra as suas ações vem aumentando há meses, mas, nos últimos dias, conseguiu atrair críticas de todo o espectro político.
No fim de semana, com as imagens da população faminta em Gaza a elevarem a indignação mundial, o governante surgiu em vídeo (de camisa preta de marca e óculos escuros) para dizer que a ajuda humanitária que Israel deixaria entrar na Faixa teria de ser “mínima”.
Dias antes, Netanyahu fora entrevistado no programa juvenil “Full Send Podcast” por Kyle Forgeard e Aaron ‘Steiny’ Steinberg, membros dos Nelk Boys, grupo de influenciadores digitais conhecido pelos seus vlogs e vídeos de partidas. Mais recentemente, os Nelk Boys têm somado cada vez mais subscritores (mais de 8,5 milhões no YouTube) com entrevistas a figuras políticas conservadoras de grande destaque, como Donald Trump, e pelo alinhamento com figuras da “manosfera”, como Andrew Tate.
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