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Guerra no Médio Oriente

Primeiro a força, depois a paz? É improvável: ataque americano e retaliação do Irão anunciam um perigoso mundo novo

Mísseis riscam o céu do Catar durante o ataque iraniano a uma base militar dos Estados Unidos
Mísseis riscam o céu do Catar durante o ataque iraniano a uma base militar dos Estados Unidos
Getty Images

O primado da força sobre a diplomacia, a fraqueza e as contradições da atual administração americana, em quem ninguém mais confiará, e o orgulho ferido de uma nação historicamente poderosa lançarão o mundo numa corrida às armas, incluindo as nucleares

Primeiro a força, depois a paz? É improvável: ataque americano e retaliação do Irão anunciam um perigoso mundo novo

José Pedro Tavares

Correspondente em Ancara

“O Presidente Trump e eu dizemos com frequência: paz através da força. Primeiro vem a força, depois vem a paz. E esta noite o Presidente Trump e os Estados Unidos atuaram com muita força”, rejubilou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois do ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas, na madrugada do passado domingo, enunciando de forma clara os princípios da sua política externa, por demais evidentes um pouco por toda a região. “Força primeiro, paz depois.”

O resultado? Gaza arrasada depois do ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023; Líbano atacado com regularidade para destruir o Hezbollah, mesmo após acordo com o novo Governo em Beirute; parte da Síria ocupada para expandir a zona tampão do território israelita, aproveitando as debilidades do novo regime sírio; agora, o Irão atacado para prevenir a alegada conclusão do programa nuclear, enquanto decorriam conversações com os americanos sobre o mesmo.

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