Guerra no Médio Oriente

“Um telefonema de Washington seria suficiente para amordaçar alguém como Netanyahu”: Teerão acredita no poder americano para travar conflito

Destruição provocada pelo ataque de Israel numa zona residencial em Teerão
Destruição provocada pelo ataque de Israel numa zona residencial em Teerão
Majid Saeedi / Getty Images

A mensagem do ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano foi acompanhada por imagens de uma sessão com Netanyahu perante o Congresso dos EUA em 2002, na qual o primeiro-ministro israelita defendeu a necessidade de invadir o Iraque porque esse país pretendia adquirir a bomba atómica

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano defendeu hoje que, se o Presidente dos Estados Unidos quiser, poderá travar a guerra entre o Irão e Israel "com um único telefonema".

"Um único telefonema de Washington seria suficiente para amordaçar alguém como [o primeiro-ministro israelita Benjamin] Netanyahu e abrir caminho para o regresso da diplomacia", disse Abbas Araqchi numa mensagem divulgada na rede social X.

"Se [Donald] Trump for sincero em relação à diplomacia e quiser interromper esta guerra, os próximos passos são óbvios. Israel precisa de cessar a sua agressão. Se não houver uma cessação completa da agressão militar contra nós, as nossas respostas continuarão", avisou o chefe da diplomacia iraniana.

Araqchi acrescentou que o ataque israelita ao Irão e as mortes de "centenas de civis inocentes" são "um fracasso em frustrar um acordo entre o Irão e os Estados Unidos", que admitiu estar até agora "no bom caminho".

O ministro iraniano lembrou que "Netanyahu é um criminoso de guerra procurado" que "enganou um Presidente norte-americano após outro para travar guerras durante quase três décadas".

"Está a fazer com que mais um Presidente norte-americano e cada vez mais contribuintes norte-americanos pareçam completos idiotas", argumentou.

Araqchi insistiu que o seu país "não iniciou esta guerra e não quer perpetuar o derramamento de sangue", prometendo também lutar "orgulhosamente até à última gota de sangue" para proteger o território e o povo.

A mensagem é acompanhada por imagens de uma sessão com Netanyahu perante o Congresso dos EUA em 2002, na qual o primeiro-ministro israelita defendeu a necessidade de invadir o Iraque porque esse país pretendia adquirir a bomba atómica.

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