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Guerra no Médio Oriente

“Já não se pode vender o Holocausto para matar outro povo”: académico israelita antecipa isolamento global de Israel

Soldados israelitas detêm um palestiniano, no campo de refugiados de Nour Shams
Soldados israelitas detêm um palestiniano, no campo de refugiados de Nour Shams
SOPA Images

“Israel não está sob ameaça existencial. O maior perigo para o país vem de dentro.” Em entrevista ao Expresso, o historiador israelita Omer Bartov, perito em genocídio e memória, põe o dedo na ferida e garante que a memória do Holocausto tem sido instrumentalizada pelo Estado israelita para justificar a violência em Gaza. O docente da Universidade de Brown fala do processo de radicalização do Exército e da sociedade israelita, desde que abandonou as Forças Armadas e o país

Não se pode chamar “guerra” a algo em que uma das partes — os palestinianos em Gaza — não tem capacidade real de combate contra um dos exércitos mais poderosos e bem equipados do mundo. Omer Bartov, historiador de genocídios, do Holocausto e da construção das identidades nacionais, lança o alerta, revisitando os traumas históricos que a Alemanha também atravessou. Bartov estará no Consórcio de História Militar, organizado pelo ISCTE, entre 4 e 6 de junho.

Nascido em Israel e professor na Universidade de Brown, nos Estados Unidos, o estudioso explica ao Expresso como os militares israelitas justificam atrocidades e perpetuam a ocupação. Nesta entrevista, realizada num momento de profunda crise em Gaza e em que o autor finaliza uma nova obra sobre o destino de Israel e o que “correu mal”, Bartov reflete sobre os paralelismos surpreendentes que ameaçam a própria democracia israelita.

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