Após uma reunião de seis horas, o Governo de Israel aprovou o acordo de cessar-fogo em Gaza, que vai começar no domingo, durar 42 dias e possibilitar a libertação de 33 reféns durante essa primeira fase. A notícia vem do próprio gabinete do primeiro-ministro Netanyahu, citado pela agência Reuters.
De acordo com a mesma agência, 24 dos ministros do executivo votaram a favor e oito contra.
Durante a trégua, Israel deverá libertar mil presos palestinianos e retirar os militares das zonas populacionais da Faixa de Gaza. Está planeado ainda o aumento da ajuda humanitária. Esta aprovação pode ser contestada pelos cidadãos israelitas, mas é esperado que os tribunais rejeitem esses pedidos.
Segundo duas fontes próximas do Hamas citadas pela agência France Presse (AFP), o primeiro grupo deverá ser incluir três mulheres israelitas. As autoridades israelitas designaram hoje 95 prisioneiros que poderão ser libertados no domingo, a maioria dos quais mulheres e menores, e muitos deles detidos já depois de 7 de outubro de 2023, data do início da guerra.
Durante esta primeira fase, as partes devem negociar uma segunda fase do acordo, cujo objetivo é chegar a um cessar-fogo permanente, assim como permitir a libertação dos últimos reféns, antes da terceira e última etapa dedicada à reconstrução da Faixa de Gaza e à restituição dos corpos dos reféns que morreram no cativeiro do Hamas.
A guerra em Gaza já se prolonga por 15 meses, após um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, a 7 de outubro de 2023, que fez cerca de 1200 mortos e mais de duas centenas de reféns. De acordo com as autoridades de saúde, já morreram 47 mil pessoas no território desde essa data.
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