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Guerra no Médio Oriente

“Quando ensinam o Holocausto, só dizem que não deveria voltar a acontecer aos judeus”: israelitas em Portugal condenam ações de Netanyahu

Grupo de ativistas israelitas que são contra as politicas de Netanyahu
Grupo de ativistas israelitas que são contra as politicas de Netanyahu
Nuno Botelho

Têm dupla nacionalidade, israelita e portuguesa, e, apesar de viverem em Portugal, dizem não aguentar impávidos enquanto o Governo da sua terra natal perpetua “ações ilegítimas e ilegais” contra os palestinianos, mas também contra o Líbano e a Síria. Sentaram-se à conversa com o Expresso, e aproveitaram para apelar ao Governo português, à UE e à sociedade civil para exercerem pressão sobre Israel. Nem os israelitas - descendentes dos judeus que tanto sofreram no Holocausto - devem ter luz verde, argumentam

Chegou a Portugal em agosto de 2023. Levava consigo a família, um filho, e uma história pessoal que se cruza com a História do mundo. Adva Selzer, 51 anos, é uma historiadora especializada no conflito israelopalestiniano, e, em Israel, era professora do ensino secundário. “A maioria da minha família provém da Europa de Leste, especialmente da Polónia e da Lituânia. Muitos foram para a Palestina em 1935, mas outros morreram no Holocausto.”

O desespero hoje é diferente, mas também insaciável. Quando Adva Selzer percorre a história que está a ser escrita, em Gaza, em toda a Palestina, no Líbano e na Síria, isso obriga-a a pensar nas marcas que se transpõem, como que a papel químico. “Como fui professora, ensinei este assunto do Holocausto, por um lado, e a história de Sião até estabelecer o Estado de Israel. Por isso, sei que há uma ligação entre a forma como os israelitas pensam sobre o seu passado e o que está a acontecer.”

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