Residência privada de Benjamin Netanyahu atingida por drone do Hezbollah
Fortes medidas de segurança junto à casa do primeiro-ministro de Israel, em Caesarea (centro), atingida por um drone
Mostafa Alkharouf / Anadolu / Getty Images
Um drone disparado pelo Hezbollah atingiu, este sábado de manhã, a casa particular do primeiro-ministro de Israel em Caesarea, no centro de Israel. As sirenes de alerta não foram acionadas na zona. As autoridades estão a investigar “o incidente que aparentemente resultou de várias falhas no sistema de alerta”
Um drone lançado pelo Hezbollah a partir do Líbano atingiu, este sábado de manhã, a residência privada do primeiro-ministro de Israel em Caesarea, a norte de Telavive (centro de Israel).
O ataque envolveu o disparo de três aparelhos aéreos não tripulados. Dois foram intercetados pelo sistema de defesa de Israel e um terceiro embateu na casa dos Netanyahu. Nenhum membro da família estava no local.
Para chegar a Caesarea, o drone percorreu, desde a fronteira entre o norte de Israel e o sul do Líbano, cerca de 80 quilómetros. Segundo o jornal israelita “Haaretz”, as sirenes de alerta que habitualmente preparam as populações para um ataque iminente, e que sinalizam para que se protejam em abrigos, não foram ativadas antes do ataque.
Luta pela sobrevivência no meio da destruição, em Khan Yunis, no Sul da Faixa de Gaza
Segundo o jornal “The Times of Israel”, a hierarquia militar está a investigar “o incidente que aparentemente resultou de várias falhas no sistema de alerta”.
A reportar desde a Jordânia, após ser proibida pelo Governo israelita de trabalhar em Israel e nos territórios palestinianos, a televisão árabe Al-Jazeera refere que em Caesarea, cidade famosa também pelo seu património romano, “vivem empresários e políticos e ali se concentra muito poder e ativos estratégicos, incluindo bases militares e refinarias de petróleo”.
A área foi isolada por um forte dispositivo de segurança e foram impostas medidas muito restritas de acesso ao local.
Em Telavive, familiares dos reféns pedem "o fim da guerra", após "o fim de Sinwar"
Importante aliado do Irão, o movimento xiita libanês Hezbollah está instalado no sul do Líbano, onde Israel tem em curso uma ofensiva terrestre para afastar o grupo armado da sua fronteira.
Desde o massacre do Hamas em Israel, a 7 de outubro de 2023, o Hezbollah tem alimentado uma segunda frente da guerra em Gaza, bombardeando território israelita diariamente.
A 27 de setembro, um bombardeamento israelita a Beirute matou o líder da organização, Hassan Nasrallah.
Um outdoor na Praça Enqelab, em Teerão, mostra imagens do ataque a Israel de 1 de outubro. “Se querem guerra, somos mestres da guerra”, lê-se em farsi e hebraico
O ataque à residência de Netanyahu acontece no dia seguinte ao anúncio do Hezbollah de que o grupo iria entrar “numa nova e crescente fase no confronto com Israel”, segundo um comunicado divulgado no canal do grupo na rede social Telegram.
Na véspera do anúncio, Israel eliminou o seu alvo mais precioso, Yahya Sinwar, o mentor dos ataques de 7 de outubro que provocaram mais de 1200 mortos e cerca de 250 reféns. Hoje, subsistem ainda dentro de Gaza 101 cativos israelitas.