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Guerra no Médio Oriente

Com Haniyeh morto e Sinwar nos túneis, a defesa do Hamas está entregue a um homem que Netanyahu tentou matar há 27 anos

Khaled Meshaal nasceu em Silwad, na Cisjordânia, em 1956, mas viveu a maior parte da sua vida fora dos territórios palestinianos
Khaled Meshaal nasceu em Silwad, na Cisjordânia, em 1956, mas viveu a maior parte da sua vida fora dos territórios palestinianos
KATE GERAGHTY / GETTY IMAGES

No fim da década de 1990, Benjamin Netanyahu (já então primeiro-ministro de Israel) deu luz verde a uma operação da Mossad na Jordânia para eliminar o então líder do Hamas. Khaled Meshaal chegou a ser envenenado, mas quer a reação do monarca jordano quer a pressão dos Estados Unidos obrigaram Netanyahu a um volte-face. Hoje, com o Hamas fortemente castigado por Israel, Meshaal ressurge em primeiro plano para desafiar o líder israelita. “A história palestiniana é feita de ciclos”, disse recentemente. “O espírito palestiniano ressurge, como a fénix”

Margarida Mota

Jornalista

Quando o Hamas feriu Israel com o pior ataque da sua história, a 7 de outubro de 2023, tinha na liderança Ismail Haniyeh. Exilado no Catar, e considerado uma voz moderada dentro do grupo islamita, este homem nascido num campo de refugiados de Gaza foi morto a 31 de julho passado, em Teerão, num atentado não reivindicado, mas atribuído a Israel.

Sucedeu-lhe, à frente do grupo palestiniano, o estratego militar Yahya Sinwar, tido como principal arquiteto do 7 de Outubro. Hoje, é o homem mais procurado — e odiado — por Israel, que estima que possa estar escondido no extenso emaranhado de túneis subterrâneos da Faixa de Gaza. Com Haniyeh morto e Sinwar oculto, um antigo líder do Hamas, Khaled Meshaal, tem saído a público a defender o grupo extremista e a vaticinar-lhe longa vida.

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