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Guerra no Médio Oriente

UE ameaça Israel com sanções, mas Gaza está nas mãos dos EUA: “Devem parar de enviar armas. Seria o fim imediato da guerra”

Manifestação de apoio ao povo palestiniano em Paris
Manifestação de apoio ao povo palestiniano em Paris
VICTORIA VALDIVIA

As medidas tomadas até hoje não produziram efeitos significativos, mas isso poderia mudar, se a UE e os EUA apertassem o cerco. Israel é muito dependente das trocas comerciais com os Estados ocidentais, garantem os investigadores. Alguns analistas sugerem até que também os Estados fornecedores de armas com que Israel conta deveriam ser responsabilizados

“Todos os Estados do mundo têm o dever de tomar todas as medidas disponíveis dentro da sua capacidade de influência para proteger o povo da Palestina”, salienta, em declarações ao Expresso, Shahd Hammouri, docente em Direito na Universidade de Kent (Reino Unido) e investigadora na área de responsabilidade corporativa na guerra. O dever de que fala Shahd Hammouri “tem como premissa a obrigação de cooperar para pôr fim à ocupação ilegal israelita da Palestina, de não reconhecer qualquer efeito ilegal resultante de tal ocupação e de prevenir o genocídio em Gaza”, deveres que foram “firmemente estabelecidos nas decisões do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ)”.

Historicamente, a insistência em graves violações jurídicas internacionais levou a sanções contra o Estado perpetrador, que visavam a cessação de quaisquer atividades económicas que permitissem a capacidade desse Estado de cometer violações. Muitas dessas medidas foram impostas a Portugal, em resposta à colonização de Angola.

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