Guerra no Médio Oriente

Países árabes condenam ataque israelita contra escola em Gaza com mais de 100 mortos

Escola destruída por ataque israelita em Khan Younis
Escola destruída por ataque israelita em Khan Younis
Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images

O Egito, a Jordânia e a Arábia Saudita condenaram hoje o bombardeamento israelita contra a escola Al Tabaín, na cidade de Gaza, no qual mais de 100 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, segundo o grupo Hamas.

O Egito, a Jordânia e a Arábia Saudita condenaram hoje o bombardeamento israelita contra a escola Al Tabaín, na cidade de Gaza, no qual mais de 100 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, segundo o grupo Hamas.

"O Egito condena nos termos mais veementes o bombardeamento israelita contra a escola Al Tabain, que abriga pessoas deslocadas no bairro de Al Daraj, a leste da cidade de Gaza, que matou mais de 100 palestinianos e feriu dezenas", escreveu o Ministério das Relações Exteriores egípcio num comunicado.

Na nota, o Egito considerou que "a continuação da prática destes crimes em grande escala e o assassinato deliberado de elevado número de civis desarmados, cada vez que os esforços dos mediadores para tentar chegar a uma fórmula de cessar-fogo se intensificam na Faixa, é conclusivo, provando a ausência de vontade política de Israel para acabar com esta guerra feroz".

Também o Ministério das Relações Exteriores da Jordânia condenou o ataque, que definiu como "uma flagrante violação das normas do direito internacional" e criticou a "ausência de uma posição internacional firme que impeça a agressão israelita e obrigue o país a respeitar o direito internacional".

A Jordânia considerou este novo ataque israelita como mais uma prova do seu interesse em obstruir e frustrar os esforços dos mediadores que procuram retomar as negociações sobre um acordo de intercâmbio que conduziria a um cessar-fogo permanente.

Noutra declaração, a Arábia Saudita também denunciou "que a comunidade internacional não conseguiu responsabilizar Israel pelos resultados destas violações", que representam "assassinatos em massa na Faixa de Gaza".

O Exército israelita reconheceu o ataque e garantiu que se tratava de uma "operação de precisão" dirigida pelos seus serviços de inteligência contra os "terroristas do Hamas que operam dentro de um centro de comando e controle integrado na escola Al Tabain".

O Ministério da Saúde de Gaza não atualiza o número total de vítimas da guerra desde a última quinta-feira, quando contabilizou 39.699 mortos e 91.722 feridos, a maioria crianças e mulheres desde o início do conflito.

O Hamas lançou em 7 de outubro de 2023 um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.

Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate