Guerra no Médio Oriente

Reino Unido pede aos britânicos para saírem do Líbano

Fumo intenso na aldeia de Kfarkela, na fronteira sul do Líbano, depois de um bombardeamento israelita
Fumo intenso na aldeia de Kfarkela, na fronteira sul do Líbano, depois de um bombardeamento israelita
picture alliance

"Todos devem ter um plano de emergência pessoal que não dependa do Governo do Reino Unido. Isso pode incluir a capacidade de sair rapidamente" do país, indica uma orientação do Governo

O Governo britânico recomendou aos seus cidadãos que deixem o Líbano e não viajem para aquele país devido às crescentes tensões no Médio Oriente, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Lammy.

Através de uma publicação na rede social X, o chefe da diplomacia do Reino Unido, David Lammy, disse que os funcionários do Ministério das Relações Exteriores estão a trabalhar 24 horas por dia para ajudar a "garantir a segurança dos cidadãos".

"Todos devem ter um plano de emergência pessoal que não dependa do governo do Reino Unido. Isso pode incluir a capacidade de sair rapidamente" do país, indica uma orientação do Governo.

Israel e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado transfronteiriço desde 8 de outubro de 2023, um dia depois do início da guerra em Gaza, nos piores confrontos entre as duas partes desde 2006.

O Hezbollah integra o chamado "eixo de resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que faz parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Huthis do Iémen.

Israel acusa o Hezbollah de ter lançado o projétil há três dias num campo de futebol em Majdal Shams, cujo impacto provocou a morte de pelo menos 12 pessoas, a maioria crianças.

O grupo armado libanês nega a responsabilidade pelo ataque. No domingo, Israel prometeu responder "energicamente" ao ataque que atribuiu ao Hezbollah libanês.

O gabinete de segurança israelita autorizou Netanyahu e o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, a "decidir como e quando responder à organização terrorista Hezbollah".

Numa declaração conjunta, divulgada no fim de semana, a coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, e o chefe de missão e comandante da Força Interina da ONU para o Líbano (FINUL), tenente-general Aroldo Lázaro, condenaram o ataque em Majdal Shams, frisando que os civis "devem ser protegidos em todas as circunstâncias".

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