Exclusivo

Guerra no Médio Oriente

“Ramallah, Nablus e Jenin fazem parte de Israel”: colonos israelitas ocuparam em seis meses 1300 hectares na Cisjordânia

Veículos militares israelitas em Jenin, na Cisjordânia
Veículos militares israelitas em Jenin, na Cisjordânia
Raneen Sawafta/Reuters

A operação militar que se seguiu ao ataque do Hamas a 7 de outubro revigorou os objetivos expansionistas de Israel nos territórios palestinianos. Nos últimos seis meses, mais de 1300 hectares de terra em toda a Cisjordânia foram oficialmente declarados como “território do Estado de Israel”, enquanto muitos colonos sonham em construir na costa de Gaza

O Waldorf Astoria ergue-se imponente à entrada do bairro de Jerusalém Ocidental, nos arredores da Cidade Velha, a apenas vinte minutos a pé da Basílica do Santo Sepulcro, construída no local onde, segundo a tradição, Jesus Cristo foi crucificado e sepultado. A parte oriental da cidade é aquela que, em 1948, após a guerra entre israelitas e árabes que se seguiu ao fim do protetorado britânico sobre o território, foi atribuída a Israel, que aí construiu de imediato o Knesset, o Parlamento, e a Grande Sinagoga, para além de a designar como capital em 1950, decisão que contraria o estatuto político da cidade, cuja soberania partilhada entre israelitas e palestinianos sempre foi considerada internacionalmente como decisiva para futuras e eventuais consultas ligadas a uma solução que visasse a fundação do Estado Palestiniano.

Num imenso salão do Waldorf, repleto de famílias judias vestidas a rigor, celebra-se o Shavuot, a festa das colheitas, exatamente quarenta e nove dias depois da Páscoa, uma ocasião muito sentida em que se honra a entrega da Torah ao povo judeu e se comem alimentos lácteos. Também aqui, a celebrar, está Aryeh King, vice-presidente da Câmara Municipal de Jerusalém, figura de proa e ativista da comunidade de colonos israelitas nos Territórios Palestinianos Ocupados.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate