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Guerra no Médio Oriente

Em Israel, como em Gaza, os cadáveres ‘do outro lado’ são retidos para servir de moeda de troca: o caso de Walid Daqqa

Manifestação na cidade de Gaza, a 25 de maio de 2023, pela libertação de Walid Daqqa
Manifestação na cidade de Gaza, a 25 de maio de 2023, pela libertação de Walid Daqqa
MOHAMMED ABED / AFP / GETTY IMAGES

Walid Daqqa era o palestiniano preso há mais tempo em Israel. Morreu há 37 dias, de cancro, e, desde então, a família batalha para reaver o corpo. “Israel tem uma política de reter indefinidamente os cadáveres de palestinianos da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Gaza. O objetivo é usá-los como moeda de troca em potenciais negociações com o Hamas e outros grupos”, explica uma representante da organização Adalah, que presta apoio legal à minoria árabe de Israel. O caso de Walid Daqqa é particular, já que ele é cidadão de Israel

Margarida Mota

Jornalista

No conflito israelo-palestiniano, nem os mortos escapam à dinâmica de ódio. Na Faixa de Gaza, o Hamas retém cadáveres de israelitas para usá-los em futuras negociações. Em Israel, casos como o de Walid Daqqa expõem uma intenção semelhante, acentuada após o 7 de outubro.

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