O Exército israelita informou hoje que mantém operações militares no bairro de Al Amal, na cidade de Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, onde os dois hospitais têm estado sob cerco nos últimos 10 dias.
Israel afirma que as forças militares realizaram buscas em ambos hospitais "para garantir que a organização terrorista Hamas não restabeleça infraestruturas".
As dezenas de suspeitos foram transferidas para as competências do organismo de segurança Shin Bet e à Unidade 504 da Direção dos Serviços de Informações Militares de Israel para interrogatórios.
No dia 24 de março, dezenas de veículos blindados cercaram os dois hospitais de Khan Younis e efetuaram escavações nas imediações, mas os ataques mais pesados concentraram-se no complexo de Al Amal, cujas entradas foram fechadas com barricadas de terra e onde morreram duas pessoas: um voluntário e um doente.
Na segunda-feira, Israel concluiu a operação militar de duas semanas no hospital Shifa na cidade de Gaza, o maior do enclave, que ficou destruído e completamente fora de serviço.
O Exército israelita afirmou ter matado cerca de 200 presumíveis combatentes e interrogado cerca de 900 suspeitos, dos quais mais de 500 homens armados, enquanto o governo de Gaza, controlado pelo Hamas, calculou em mais de 400 o número de mortos na sequência da operação militar no interior da Faixa de Gaza.
Seis meses após o início da guerra, o número de mortos palestinianos na Faixa de Gaza ultrapassa os 32.900 e quase 74.500 feridos, enquanto 257 soldados israelitas foram mortos durante os confrontos.
A guerra começou a 7 de outubro do ano passado, na sequência de um ataque do Hamas em solo israelita que causou cerca de 1.200 mortos e mais de 250 raptados, 130 dos quais ainda se encontram em cativeiro.
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