Exclusivo

Guerra no Médio Oriente

Neutralidade chinesa na crise do Mar Vermelho: Pequim está “mais disposta a pagar a fatura” do que a envolver-se política ou militarmente

Os hutis, do Iémen, têm atacado navios no Mar Vermelho.
Os hutis, do Iémen, têm atacado navios no Mar Vermelho.
Mohammed Hamoud/Getty Images

Apesar de também sair prejudicado pelos ataques hutis a navios comerciais, o regime chinês recusa-se a intervir, em grande parte, por “falta de vontade de apoiar qualquer iniciativa liderada pelos Estados Unidos, militar ou não”. Além disso, sublinham especialistas ao Expresso, “os navios chineses não foram atacados” e o país “não é propenso a atuar externamente”. Mas também não pode dar-se ao “luxo de permanecer em silêncio”, sob pena de comprometer o estatuto de “ator responsável” numa região onde tem apostado muito

Neutralidade chinesa na crise do Mar Vermelho: Pequim está “mais disposta a pagar a fatura” do que a envolver-se política ou militarmente

Hélder Gomes

Jornalista

Perante a escalada das tensões no Mar Vermelho entre a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos e os rebeldes iemenitas hutis, a China tem optado pela neutralidade. Em vez de escolher um dos lados da contenda, que tem tido sérios impactos no comércio marítimo internacional, Pequim esforça-se por manter a distância e aposta no jogo diplomático.

No final do ano passado, Washington anunciou a criação da tal aliança para a segurança da circulação comercial no Mar Vermelho. Nessa altura, responsáveis americanos contactaram a China para que esta participasse na missão de resposta aos ataques dos hutis, mas o regime comunista declinou, segundo responsáveis dos Estados Unidos que relataram esses contactos à imprensa sob a condição de anonimato.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hgomes@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate