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Guerra no Médio Oriente

Leila Ghanem, analista libanesa: “A ofensiva huti no Mar Vermelho põe em dúvida a política de dissuasão militar dos Estados Unidos”

Leila Ghanem
Leila Ghanem

Autora de ensaios em francês e árabe traduzidos para várias línguas, Leila Ghanem afirma, a respeito da arrasada Gaza: “Israel não atingiu nenhum dos seus objetivos iniciais, e os palestinianos continuam a lutar após 100 dias de Apocalipse”

Leila Ghanem é uma antropóloga libanesa de reconhecido prestígio. A vida desta analista do Médio Oriente foi marcada pelas guerras numa região onde Gaza é epicentro da crueldade e da selvajaria. “Algo mudou desde 7 de outubro, que deverá ser avaliado a fundo não só por quem se opõe a Israel como por todos os cidadãos contrários a um capitalismo predador cada vez mais agressivo”, comenta em entrevista remota ao Expresso, a partir de Paris, onde reside.

Marxista declarada, Ghanem foi precursora dos tribunais populares para julgar crimes de guerra israelitas em Sabra e Chatila; e de um processo contra a multinacional Monsanto por danos ecológicos no Iraque, após a ocupação americana de 2003. Considera que a batalha no Mar Vermelho deixa o Ocidente ante novo dilema sobre a forma adequada de proteger uma orla marítima vital para a sua economia. Autora de ensaios em francês e árabe traduzidos para várias línguas, conclui, a respeito da arrasada Gaza: “Israel não atingiu nenhum dos seus objetivos iniciais, e os palestinianos continuam a lutar após 100 dias de Apocalipse”.

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