Numa conferência de imprensa em Doha, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar anunciou que cessar-fogo terá início às 7h (5h, em Portugal Continental) de sexta-feira e a libertará 13 reféns às 16h (14h, em Portugal Continental), avança o jornal The Guardian.
Após a libertação dos reféns, serão libertados alguns detidos palestinianos das prisões israelitas. Por razões de segurança, não se sabe como irá ocorrer a libertação, nem quantos palestinianos serão.
O porta-voz espera que o cessar-fogo permita a passagem de ajuda humanitária em Rafah.
Ao final da manhã, a BBC noticiava que o atraso na implementação do acordo se devia a novas exigências do Hamas.
Os 37 reféns restantes, após a libertação de 13 prevista para sexta-feira, serão libertados todos os dias, dentro de um período temporal específico. “Serão entregues à Cruz Vermelha" para "tornar a transferência o mais segura possível para todas as partes”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar, Majedal Al-Ansari.
O porta-voz explicou ainda que as listas com os nomes de quem será libertado serão revistas num “processo diário”. “Quando tivermos as duas listas confirmadas, é nessa altura que podemos começar o processo de retirada das pessoas”, esclareceu.
“Esperamos que não haja atrasos e penso que chegámos a um ponto em que tudo está no seu devido lugar e estamos prontos para avançar para o terreno”, afirmou ainda.
Questionado sobre aquilo que poderia inviabilizar tréguas, Majedal al-Ansari disse que “o acordo prevê a cessação total das hostilidades no prazo de quatro dias. Por isso, é óbvio que qualquer recomeço das hostilidades, seja de que tipo for, constituiria uma violação”.
“É muito importante que as linhas de comunicação permaneçam abertas para que qualquer possível violação, seja qual for a sua definição, seja imediatamente comunicada a ambas as partes e haja uma forma de recuar e garantir que continuamos com [o acordo]”, salientou.
O acordo terá sido finalizado na quinta-feira de manhã, em conjunto com “os egípcios e as partes em conflito presentes aqui em Doha”. “As reuniões decorreram muito bem e num ambiente positivo”, afirmou Majed al-Ansari.
"O que sentimos é que eles estão muito empenhados nisso. O nosso objetivo é chegar a este acordo e abrir caminho a mais pausas que possam pôr fim a esta guerra, que aflige toda a gente. Esperamos que o fim esteja para breve”, disse.
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