Guerra no Médio Oriente

Estudo Netsonda: portugueses divididos na guerra entre Israel e o Hamas e com receio dos efeitos económicos e do terrorismo

Estudo Netsonda: portugueses divididos na guerra entre Israel e o Hamas e com receio dos efeitos económicos e do terrorismo
SAID KHATIB

São mais os homens que apoiam a intervenção militar de Israel na Faixa de Gaza, enquanto são mais as mulheres e os jovens que rejeitam o ataque ao território palestiniano

Os portugueses estão divididos quanto à guerra entre Israel e o Hamas: 38% dos que têm acompanhado o conflito concordam com a intervenção de Israel em Gaza, 31% discordam e os restantes 31% não têm uma opinião formada, mostra um estudo online feito pela Netsonda, empresa portuguesa de estudos de mercado, a que o Expresso teve acesso.

“São mais os homens que apoiam a intervenção militar” de Israel na Faixa de Gaza, invocando a necessidade de eliminar o grupo islamita Hamas, enquanto “são mais as mulheres e os jovens (18-34 anos) que rejeitam o ataque” ao território palestiniano, mostra o inquérito, que contou com 572 respostas.

A esmagadora maioria dos inquiridos acreditam que a resolução da mais recente guerra no Médio Oriente não está para breve (47%) ou que nunca será resolvida mesmo (41%), contra os apenas 8% que acham que o conflito israelo-árabe se vai resolver num futuro relativamente próximo.

A grande maioria (95%) diz estar a acompanhar o que está a acontecer em Israel e em Gaza e, destes, cerca de metade fá-lo regularmente. As pessoas com 55 ou mais anos são as que estão a seguir com maior regularidade as notícias, de acordo com o estudo conduzido entre os dias 7 e 10 deste mês.

A televisão é o principal meio utilizado para seguir as notícias do conflito (93%), seguida pelas redes sociais (42%) que têm um peso particularmente elevado entre os mais jovens. “Os sites de informação (39%) e os comentadores políticos/ de política internacional (37%) são também fontes de informação relevantes”, indica o estudo.

A guerra que já dura há mais de um mês está a gerar várias preocupações entre os portugueses: a maioria (72%) “receia que o conflito armado se alastre para outras geografias ou que seja um ponto de partida para ataques terroristas na Europa e mesmo em Portugal”.

Há ainda o receio da instabilidade económica, partilhado entre 71% dos inquiridos. Cerca de metade teme que a guerra faça subir os preços dos combustíveis e 46% que agrave ainda mais a inflação. Por último, “para 40% dos inquiridos uma das principais preocupações é que a guerra provoque uma maior instabilidade política a nível global”.

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