A coordenadora dos assuntos humanitários da ONU para os territórios palestinianos alertou esta quinta-feira que "nenhum lugar é seguro em Gaza" devido aos bombardeamentos israelitas no território desde o início da guerra com o Hamas.
Lynn Hastings afirmou, em comunicado, que os "avisos prévios" emitidos pelo exército israelita para que as pessoas se retirem das zonas que pretende atingir "não fazem qualquer diferença".
"Nenhum sítio é seguro em Gaza", afirmou Hastings, citada pela agência francesa AFP.
Quem permanece em casa “coloca-se em perigo”, diz exército israelita
Hasting disse que o exército israelita "continua a avisar os habitantes da cidade de Gaza de que aqueles que permanecem em casa estão a colocar-se em perigo".
Referiu que, em alguns casos, a notificação do exército israelita] "encoraja as pessoas a irem para uma zona humanitária em Al-Mawasi", situada a oeste da cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.
"Para as pessoas que não podem fugir, porque não têm para onde ir ou não podem deslocar-se, os avisos precoces não fazem qualquer diferença", explicitou a coordenadora da ONU.
Hastings lamentou que as pessoas tenham de enfrentar escolhas impossíveis "quando as rotas de evacuação são bombardeadas, quando faltam os bens essenciais à sobrevivência e quando não há garantias de regresso".
Referindo que a ONU tenciona "prestar ajuda onde quer que as pessoas estejam a precisar", Lynn Hastings recordou que "a condução de conflitos armados em qualquer lugar é regida pelo direito internacional humanitário".
"Isto significa que os civis devem ser protegidos e dispor do essencial para a sua sobrevivência, onde quer que se encontrem e quer decidam deslocar-se ou ficar", afirmou.
"Significa também que os reféns - todos os reféns - devem ser libertados imediata e incondicionalmente", acrescentou.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt