Exclusivo

Guerra no Médio Oriente

Israel fez mais uma incursão em Gaza. Missão: destruir a ideia de um país

Operações de resgate após ataque aéreo na Faixa de Gaza
Operações de resgate após ataque aéreo na Faixa de Gaza
MOHAMMED SABER

Israel entrou em Gaza de novo, com o objetivo de identificar objetivos militares e preparar terreno para o que espera possa revelar-se, nos próximos dias, uma incursão mais longa. Mesmo que os nomes mais influentes da liderança do Hamas venham a ser presos ou mortos, a ideia de uma Palestina independente vai permanecer, provavelmente reforçada pelas imagens de sofrimento que todos os dias chegam de Gaza. Há um plano pós-guerra?

Israel fez mais uma incursão em Gaza. Missão: destruir a ideia de um país

Ana França

Jornalista da secção Internacional

A história das tentativas dos palestinianos em criar um Estado independente está cheia de mártires. É este o nome dado aos que morrem a lutar por essa ideia. Alguns sucumbiram em guerras declaradas, outros em revoltas e protestos localizados, vários foram assassinados nos seus carros, hotéis e apartamentos em países estrangeiros, outros desapareceram ou entraram em exílios forçados e silenciosos. Tendo esmorecido em diversos períodos do século XX, se há algo que nunca morreu foi a resistência política dos palestinianos - e esse é o maior problema que Israel tem neste momento, enquanto pondera o que fazer em Gaza. O outro é convencer os seus aliados de que está a ter em consideração a população civil que vive enclausurada e sob bloqueio nesse pequeno território com o mar de um lado e o exército israelita do outro.

Israel fez mais uma incursão terrestre na Faixa de Gaza na madrugada de quinta-feira, informaram, através de um comunicado publicado da rede Telegram, as Forças de Defesa de Israel (conhecidas pela sua sigla em inglês, IDF). É a segunda vez que os tanques israelitas entram em Gaza com o objetivo de, lê-se no comunicado, “preparar as novas fases do combate”.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: afranca@impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate