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Guerra no Médio Oriente

“Mundo Livre, onde estás?”: palestinianos pedem atenção internacional, israelitas não esquecem, diplomacia sofre revés

“Mundo Livre, onde estás?”: palestinianos pedem atenção internacional, israelitas não esquecem, diplomacia sofre revés
Anadolu Agency

Sobreviventes do 7 de outubro ainda estão a ser chamados para funerais, palestinianos desesperam com a letargia da comunidade internacional e a diplomacia é manobra difícil na colérica e traumatizada rua árabe. A explosão no hospital al-Ahli, na Cidade de Gaza, desencadeou fortes condenações nas principais capitais do mundo árabe e é muito difícil voltar atrás quando se proferem palavras tão fortes, mesmo que ainda não exista uma investigação independente ao que realmente aconteceu

“Mundo Livre, onde estás?”: palestinianos pedem atenção internacional, israelitas não esquecem, diplomacia sofre revés

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Desde que o mundo parou para lamentar as mortes no hospital Al-Ahli, na Cidade de Gaza, na terça-feira à noite, até ao momento em que foi escrito este texto, muitos outros palestinianos morreram em outros bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza. A frase do título é de um médico, mas de um médico de um outro hospital, o European Hospital, no sul do território, na cidade de Khan Younis, para onde milhares de pessoas se deslocaram quando Israel avisou que o norte não era seguro.

“Mundo livre, onde estás tu quando acontecem estes massacres cometidos contra estas pessoas, sofredoras e oprimidas?”, pergunta, num vídeo publicado pelo Ministério da Saúde de Gaza e reproduzido pela Al Jazeera, Yousef al-Akkad, que tem seis bebés mortos à sua frente. Uma maca chega para os deitar a todos.

“A vida é imprevisível, vivemos entre um momento completamente chocante e outro ainda mais chocante. Eu já estive abrigada no hospital Al-Ahli com a minha família, depois estive no hospital Al-Shifa, e dormi na rua, tal como as pessoas que estavam no parque de estacionamento”, conta ao Expresso Shahd Tawfeq, palestiniana de 26 anos, formada em Comunicação Social que tem partilhado com o Expresso, por mensagens, o seu dia a dia turbulento, em fuga de um sítio para o outro.

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