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Guerra no Médio Oriente

Guerra no ciberespaço tem cada vez mais meios para complementar a batalha campal, e conflito Israel-Hamas não é exceção

O cibercrime tem uma capacidade de dissimular quem é e onde está que não existe no mundo físico
O cibercrime tem uma capacidade de dissimular quem é e onde está que não existe no mundo físico
NurPhoto/Getty Images

Há cada vez mais meios para causar disrupção e comprometer o funcionamento das sociedades, como demonstram a guerra na Ucrânia e, mais recentemente, a guerra Israel-Hamas. A cibersegurança é a outra face dos ciberataques e do ciberterrorismo. O seu papel no controlo e prevenção das ações no universo cibernético é fundamental para manter alguma previsibilidade no mundo tal como o conhecemos

Guerra no ciberespaço tem cada vez mais meios para complementar a batalha campal, e conflito Israel-Hamas não é exceção

Cristina Peres

Jornalista de Internacional

Quem tentasse entrar no site da Universidade Al-Aqsa de Gaza esta sexta-feira não conseguiria. “Está em baixo” e é difícil prever quando é que a ligação vai ser restabelecida, desde que o site foi atacado, logo de manhã, pelo grupo Silent One.

Ao mesmo tempo, aumenta o número de ameaças de cibersegurança em Israel no contexto da guerra Israel-Hamas, ainda que não sejam inéditas. Quinta-feira, um dos atos disruptores teve grande visibilidade quando dois grandes cartazes eletrónicos em Telavive foram “raptados” e aproveitados para, durante uns minutos, exibirem, em vez da sequência de filmes publicitários, conteúdos anti-Israel e pró-Hamas, como bandeiras israelitas a arder e imagens de Gaza.

Quem forneceu pormenores desta informação à CNBC foi a empresa Check Point Software Technologies, firma de cibersegurança com sede em Telavive. Uma homóloga portuguesa, a VisionWare, confirmou ao Expresso a atividade fervilhante que está a ser desenvolvida nestes dias: “O conflito entre Israel e Palestina tem sido acompanhado de uma emergência considerável de grupos hacktivistas [neologismo nascido das palavras hacker e ativista], havendo ciberataques dirigidos a alvos em ambos os lados do conflito”, disse o seu CEO e fundador Bruno Castro.

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