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Guerra no Médio Oriente

Até onde irá Israel? Antecipa-se incursão arriscada na Faixa de Gaza

Ataques israelitas em Gaza
Ataques israelitas em Gaza
IBRAHEEM ABU MUSTAFA

Israel prometeu eliminar o Hamas e, apesar de não haver decisão final, o exército prepara-se para entrar em Gaza. Operação acarreta riscos e deixa uma questão em aberto: quem ficaria com o controlo do território depois de terminar? “‘Destruir’ o Hamas é impossível sem entrar em Gaza em força durante um período prolongado”, afirmou ao Expresso Daniel Byman, membro do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, com sede em Washington

Até onde irá Israel? Antecipa-se incursão arriscada na Faixa de Gaza

Salomé Fernandes

Jornalista da secção internacional

Entre o ataque cometido pelo Hamas no sábado e a retaliação de Israel, a mais recente escalada do conflito resultou em mais de dois mil mortes. A mobilização de 300 mil reservistas israelitas, o cerco à Faixa de Gaza e as declarações políticas proferidas ao longo da semana remetem para uma escalada das ações. Depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter formado um Governo de unidade nacional e um gabinete de guerra, quarta-feira, o ministro da Defesa deixou uma promessa: “Apagar esta coisa chamada Hamas da face da Terra”.

As declarações tecidas pelo ministro Yoav Gallant, domingo, já tinham gerado especulação sobre quão longe Israel está disposto a ir na resposta ao ataque que sofreu. “O preço que a Faixa de Gaza vai pagar será pesado e vai mudar a realidade durante gerações”, disse o governante israelita, citado pela agência Reuters.

A possibilidade de incursão israelita na Faixa de Gaza foi ganhando destaque entre os comentários de analistas. “Parece-me claro haver aqui, quase dia a dia, um sentimento crescente do Estado de Israel de que terá de haver uma ofensiva terrestre”, indicou ao Expresso Germano Almeida. O comentador da SIC entende que perante as ações do Hamas, “bombardeamentos sobre Gaza não bastariam para que Israel se sentisse minimamente vingado perante as atrocidades que aconteceram desde sábado”.

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