Médio Oriente

Reino Unido reconhece Estado da Palestina. Canadá e Austrália também anunciam reconhecimento

Primeiro-ministro britânico, Keir Starmer
Primeiro-ministro britânico, Keir Starmer
Andrew Harnik

"Para reavivar a esperança de paz e de uma solução de dois Estados, declaro claramente, como primeiro-ministro deste grande país, que o Reino Unido reconhece oficialmente o Estado da Palestina”, anunciou Keir Starmer

O Reino Unido reconheceu este domingo, 21 de setembro, oficialmente o Estado da Palestina, anunciou o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, momentos depois de a Austrália e o Canadá comunicarem a mesma decisão.

“Hoje, para reavivar a esperança de paz e de uma solução de dois Estados, declaro claramente, como primeiro-ministro deste grande país, que o Reino Unido reconhece oficialmente o Estado da Palestina”, anunciou Keir Starmer, numa declaração através de vídeo publicada nas redes sociais.

“Perante o crescente horror no Médio Oriente, agimos para manter viva a possibilidade da paz e de uma solução de dois Estados. Isto significa um Israel seguro e protegido ao lado de um Estado palestiniano viável”, afirmou o chefe do Governo britânico.

Starmer negou que esta decisão seja “uma recompensa” para o movimento islamita palestiniano Hamas, como tem argumentado o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

“O Hamas é uma organização terrorista brutal. O nosso apelo por uma solução genuína de dois Estados é exatamente o oposto da sua visão odiosa”, defendeu, sublinhando que o Hamas “não pode ter futuro” nem qualquer “papel no governo ou na segurança” de um Estado da Palestina.

Canadá e Austrália também reconhecem Palestina

A declaração de Londres ocorreu quase em simultâneo com o mesmo anúncio pelo Canadá e Austrália.

“O Canadá reconhece o Estado da Palestina e oferece a sua parceria na construção da promessa de um futuro pacífico tanto para o Estado da Palestina como para o Estado de Israel”, anunciou, num comunicado, o primeiro-ministro canadiano, Mark Carney.

Quase em simultâneo, a Austrália fez o mesmo anúncio, afirmando reconhecer “as aspirações legítimas e de longa data do povo palestiniano a um Estado próprio”, afirmaram, num comunicado conjunto, o primeiro-ministro, Anthony Albanese, e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Penny Wong.

A posição dos dois países, que já tinha sido anunciada anteriormente, ocorre na véspera da realização de uma conferência, promovida pela França e Arábia Saudita, sobre a solução dos dois Estados, no âmbito da semana de alto nível da 80.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Portugal formalizará o reconhecimento do Estado da Palestina este domingo ao início da noite, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

Este passo, que já tinha sido anunciado anteriormente, ocorre na véspera da realização de uma conferência, promovida pela França e Arábia Saudita, sobre a solução dos dois Estados, no âmbito da semana de alto nível da 80.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, também reconhecerá o Estado palestiniano durante a conferência desta segunda-feira.

Outros países que deverão fazê-lo são Bélgica, Malta, Luxemburgo (todos da União Europeia), Andorra e São Marino.

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