Exclusivo

Médio Oriente

Síria: “Israel teme que a situação possa atrair jiadistas para as suas fronteiras e que as armas químicas cheguem às mãos erradas”

Rebeldes armados na província de Homs, na Síria
Rebeldes armados na província de Homs, na Síria
Anadolu

A situação na Síria é instável e poderá propiciar desenvolvimentos inesperados, nomeadamente a escalada das hostilidades israelitas. “Israel teme que esta situação possa atrair jiadistas para as suas fronteiras e que as armas químicas cheguem às mãos de pessoas erradas", refere James M. Dorsey, investigador de assuntos do Médio Oriente, em entrevista ao Expresso

O golpe que arredou Assad do poder, após 50 anos de autocracia, é da autoria do HTS, um grupo que James M. Dorsey recusa definir como terrorista. “Os militantes deste grupo não imaginam um sistema político democrático, mas não são propriamente os talibãs”, diz o antigo jornalista e membro honorário do Instituto do Médio Oriente da Universidade Nacional de Singapura, membro sénior da Escola de Estudos Internacionais S. Rajaratnam da Universidade Tecnológica de Nanyang e autor de um blogue sobre o mundo turbulento do Médio Oriente.

Dorsey admite que as consequências no Médio Oriente são sempre imprevisíveis, mas que o bloco Rússia-Irão está ferido, porque "já não tem uma ligação direta para o envio de armas, para transferências de bombas do Irão para o Hezbollah". Foi essa fraqueza que possibilitou a rápida queda do regime sírio. “Do ponto de vista russo ou iraniano, não faz sentido lutar e ajudar um regime a lutar por si próprio se é incapaz de resistir ou subsistir sozinho”, refere, em entrevista, ao Expresso, o investigador, que considera válidas as preocupações de Israel com a sua segurança.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate