Macron garante que França está "totalmente empenhada" em "evitar nova escalada" no Médio Oriente

Embora tenha negado a autoria do ataque nos Montes Golã, o Hezbollah retirou parte das suas posições no Líbano após as ameaças de Israel
Embora tenha negado a autoria do ataque nos Montes Golã, o Hezbollah retirou parte das suas posições no Líbano após as ameaças de Israel
Numa conversa telefónica entre o presidente francês e o líder do Governo israelita, Emmanuel Macron comprometeu-se em transmitir "mensagens a todas as partes envolvidas no conflito", na sequência de um ataque com 'rockets', no sábado, nos Montes Golã, que matou 12 jovens com idades entre os 10 e os 16 anos, e que Israel atribuiu ao Hezbollah libanês.
De acordo com o Palácio do Eliseu, Emmanuel Macron "reiterou igualmente a necessidade de encontrar uma solução política para a questão da Linha Azul, com base na Resolução 1701", referindo-se à resolução das Nações Unidas que pretendeu pôr fim à guerra israelo-libanesa de 2006. A conversa aconteceu este domingo, um dia após o ataque ainda sem autor confirmado.
O Líbano apelou este domingo a uma "investigação internacional" após o ataque mortal, que também feriu outros 30 jovens, enquanto um outro, de 13 anos, está desaparecido.
O projétil era um foguete iraniano Falaq, com uma ogiva de 53 quilos, segundo Israel. O Hezbollah, que nega ser responsável pelo ataque, é o único partido a possuir um foguete deste tipo, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita.
Israel prometeu este domingo "atacar o inimigo com força", aumentando os receios de uma conflagração regional no meio da guerra na Faixa de Gaza.
O grupo islamita Hezbollah retirou das suas posições no Líbano após as ameaças de Israel de o atacar "com força" em retaliação por um ataque mortal aos Montes Golã anexados, disse este domingo uma fonte próxima do movimento pró-Irão.
Telavive prometeu "atacar o inimigo com força" pelo ataque de sábado, que atribuiu ao Hezbollah, e que fez 12 mortos nos Montes Golã anexados à Síria, aumentando o receio de uma deflagração regional em plena guerra na Faixa de Gaza das Forças de Defesa de Israel contra o movimento islamita palestiniano Hamas.
O Hezbollah, que negou estar por trás do ataque, “retirou-se de certas posições no sul e na planície de Bekaa (leste) que poderiam, no seu entender, constituir um alvo para Israel”, indicou a fonte próxima do grupo à agência noticiosa francesa, AFP.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt