Tal como o avião presidencial turco, que bascula de um lado ao outro do globo, também a política externa e as alianças que o Presidente Recep Tayyip Erdogan procura estabelecer abarcam os mais diversos blocos e orientações políticas.
As deambulações de Erdogan – ou do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, que esteve na China e na Rússia nos últimos dois meses, levam vários países ocidentais a questionar se Ancara não estará a afastar-se das suas tradicionais alianças a ocidente.
Num espaço de poucos dias, Erdogan reuniu-se com Vladimir Putin, com o seu homólogo chinês Xi Jinping, e irá estar esta semana com Joe Biden e vários chefes de Estado de países da NATO. No mês passado, a Turquia reiterou o seu interesse em aderir aos BRICS. Na semana passada, Erdogan participou em Astana, a capital do Cazaquistão, na cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês), um bloco de cooperação na área da segurança, estabelecido pela China e pela Rússia como contraponto à NATO. Esta semana estará em Washington, na cimeira da Aliança Atlântica, na sua qualidade de chefe de Estado de um dos países fundadores da NATO, e uma peça fundamental para a segurança da Europa.
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