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Médio Oriente

Eleições: a República Islâmica do Irão está frágil, mas fazer-lhe oposição é tarefa quase impossível

Uma urna eleitoral em tamanho gigante, numa rua de Teerão, para apelar ao voto
Uma urna eleitoral em tamanho gigante, numa rua de Teerão, para apelar ao voto
HOSSEIN BERIS / AFP / GETTY IMAGES

Dentro do Irão, contestar o regime é um ato de coragem que se pode pagar com a vida. Por isso, em contexto eleitoral, o boicote tornou-se uma arma para quem quer derrubar o regime religioso. Já no estrangeiro, junto da diáspora iraniana, a liberdade de expressão é total, mas reina a divisão. Uma constelação de grupos e personalidades querem o fim da teocracia religiosa, mas não conseguem encontrar uma base comum de entendimento para formarem uma frente unida

Margarida Mota

Jornalista

Nos últimos anos, as eleições no Irão tornaram-se num referendo à vitalidade da República Islâmica. Por contraponto, boicotar um ato eleitoral transformou-se na única forma possível de expressar oposição. Não foi diferente nas eleições presidenciais de sexta-feira passada, que ditaram uma segunda volta dentro de quatro dias entre o conservador Saeed Jalili e o reformista Masoud Pezeshkian.

À semelhança das legislativas de março passado e das últimas presidenciais, em 2021, a afluência ficou abaixo dos 50%, mesmo com o horário de encerramento das assembleias de voto a ir além da meia-noite. Com a taxa de participação a rondar os 40%, estas foram as eleições menos participadas de sempre desde a Revolução de 1979.

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