EUA avisam que ataque iraniano a Israel poderá estar iminente
Recente atentado na embaixada iraniana na Síria fez escalar tensão no Médio Oriente
Recente atentado na embaixada iraniana na Síria fez escalar tensão no Médio Oriente
Os 'media' norte-americanos reportaram esta sexta-feira a iminência de um ataque iraniano contra Israel, como retaliação ao recente atentado na embaixada iraniana na Síria, que está escalar a tensão no Médio Oriente.
Perante o atentado na embaixada iraniana em Damasco -- que matou vários membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais - Teerão deixou claro que iria responder, e, agora, tanto Israel como a comunidade internacional em geral estão a tentar determinar quando e como o fará.
Fontes de serviços de informações dos Estados Unidos citadas hoje pelo jornal The Wall Street Journal alertam que o ataque de retaliação iraniano poderá ocorrer dentro de 24 ou 48 horas.
O presidente norte-americano, Joe Biden, deixou claro esta semana que, face às ameaças iranianas, o apoio a Israel será determinado.
O ataque de 01 de abril - cuja responsabilidade Israel nunca reivindicou, mas normalmente não o faz, quando se trata de ações em países vizinhos - levou o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, a assumir que haveria uma retaliação iminente.
Isso mesmo foi confirmado por outros líderes, como o presidente do Irão, Ebrahim Raisi, ou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hosein Amirabdolahian, que nos últimos dias intensificou os seus contactos com governos tanto no Médio Oriente como na Europa.
O apelo à contenção tem sido praticamente generalizado (vindo de países como a Alemanha e a Rússia), mas neste momento poucos duvidam que Teerão cumprirá a sua ameaça e que haverá algum tipo de resposta.
Em 2020, a morte do general Qasem Soleimani num bombardeamento dos Estados Unidos no Iraque levou a um ataque contra bases norte-americanas, também em solo iraquiano.
Por seu lado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, garantiu na quinta-feira que o seu país se está a preparar para possíveis desafios noutras frentes, sem aludir diretamente ao Irão.
O Irão enfrenta, assim, o desafio de encontrar um equilíbrio entre a execução das suas próprias ameaças e a necessidade de não acender o rastilho de uma nova escalada com um horizonte incerto.
O ataque contra a sua embaixada em Damasco gerou uma condenação praticamente unânime a nível internacional, com censuras até por parte das Nações Unidas, mas a preocupação é agora igualmente geral.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, alargou a ronda de contactos para pedir a responsáveis da China, Turquia e Arábia Saudita que pressionem o Irão para impedir o alegado ataque.
Pequim respondeu exigindo também que Washington desempenhasse um "papel construtivo" em todo este conflito.
Israel, por outro lado, é cauteloso em relação aos preparativos que prefere não divulgar, mas que parecem óbvios, como a retirada militar no sul de Gaza, alegadamente por razões táticas, mas que gerou especulações sobre a necessidade de se estar a concentrar noutras tarefas.
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