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Médio Oriente

Os bastidores da negociação para a libertação de reféns: entre Israel, EUA, Catar e Egito, cada passo foi como “arrancar dentes”

Os bastidores da negociação para a libertação de reféns: entre Israel, EUA, Catar e Egito, cada passo foi como “arrancar dentes”
ABIR SULTAN

Um acordo que começou a ser montado logo depois do massacre de 7 de outubro acabou por resultar na já quase certa libertação de 50 mulheres e crianças levadas pelo Hamas para Gaza nesse dia. A incerteza, no entanto, ainda paira sobre a concretização do acordo, que prevê também a libertação de 150 palestinianos detidos pelos israelitas. As negociações foram difíceis e a opinião pública israelita teve um papel essencial neste desfecho, por nunca aliviar a pressão sobre o Governo de Netanyahu

Os bastidores da negociação para a libertação de reféns: entre Israel, EUA, Catar e Egito, cada passo foi como “arrancar dentes”

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Benjamin Netanyahu sabia que não podia atrasar mais um acordo com o Hamas para a libertação dos reféns. Desde o dia 7 de outubro que o primeiro-ministro israelita enfrenta pedidos constantes das famílias daqueles que foram levados para Gaza para que faça deles a sua prioridade.

A contestação à sua liderança, que nos últimos dois anos foi permanente nas ruas de Telavive, estranhamente não se dissolveu no remoinho de problemas bem mais graves que o país enfrenta agora: uma guerra em Gaza e a sensação de que, afinal, todo o aparato militar e tecnologia de controlo dos palestinianos não é suficiente para impedir a morte de israelitas.

Embora os contactos para negociar um acordo de libertação tenham começado logo no dia do massacre, com uma mensagem enviada pelo Catar aos EUA para que se desse início imediato à constituição de uma equipa de negociadores, só quinze dias depois foram libertadas as primeiras duas mulheres.

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