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Um ano de guerra na Ucrânia

Entre a Polónia e a Ucrânia nos primeiros dias da guerra: quando ainda a dor era espanto

Uma mulher idosa espera o seu próximo transporte, para outras partes na Polónia ou na UE, na estação da cidade polaca de Przemysl, a primeira depois da fronteira principal ente a Polónia e a Ucrânia
Uma mulher idosa espera o seu próximo transporte, para outras partes na Polónia ou na UE, na estação da cidade polaca de Przemysl, a primeira depois da fronteira principal ente a Polónia e a Ucrânia
WOJTEK RADWANSKI/Getty
Quilos e quilos de roupa doada fazem pilhas gigantes dentro de armazéns, nas ruas e enchem as câmaras de televisão e as máquinas fotográficas de uma esperança que ninguém parece saber dosear porque ninguém está dentro das cabeças dos líderes mundiais. E ainda a dor é espanto, o espanto das coisas serem o que são. Esta é um a das crónicas de enviados da SIC à Ucrânia que publicamos ao longo desta semana, em que se cumpre um ano de guerra

Catarina Neves, jornalista da SIC

- Pode repetir, por favor?

(É que eu quero pronunciar bem o nome da estação de comboios de Przemysl. A pergunta era feita em inglês, mas o que queria era dizer como dizem os polacos. Bom, talvez não consiga, mas vou tentar, vou tentando).

O repórter de imagem Rogério Esteves e eu aterramos em Rzeszow, na Polónia, na noite de 6 de março de 2022.

Queremos ir à estação de Przemysl o mais rápido possível. Poucos dias depois de 24 de fevereiro, os comboios começaram a descarregar ali milhares de mulheres, crianças e jovens fugidos aos mísseis russos. A 10 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, Przemysl é um ponto de chegada a território seguro, mas é também um trampolim para outro país que não a Polónia, incapaz de absorver tanta gente, de repente.

Ali há comida, bebidas quentes, brinquedos e informação. Onde dormir nas próximas noites? Para onde seguir viagem? Como? E sempre, sempre aquela pergunta que faz parte da prática jornalística, mas também tanto da vida: porquê?

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