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Um ano de guerra na Ucrânia

EUA vão continuar a apoiar a Ucrânia, mas há “uma linha vermelha”: a reconquista da Crimeia

EUA vão continuar a apoiar a Ucrânia, mas há “uma linha vermelha”: a reconquista da Crimeia
Sean Gallup

Assegurar que a Rússia fica de tal forma desgastada e desmoralizada que não será capaz de ameaçar os seus vizinhos outra vez é o principal objetivo dos Estados Unidos. Para que isso aconteça, Washington tem de continuar a apoiar Kiev — e embora os interesses das duas partes estejam “alinhados”, não são exatamente os mesmos porque há “uma linha vermelha” que os norte-americanos não deverão ultrapassar. Uma análise ao apoio militar dos EUA ao fim de um ano de guerra

EUA vão continuar a apoiar a Ucrânia, mas há “uma linha vermelha”: a reconquista da Crimeia

Mara Tribuna

Jornalista

27.500.000.000 euros. Este é o montante aproximado que os Estados Unidos já forneceram à Ucrânia — só em apoio militar — desde o início da guerra russa. De sistemas de mísseis Patriot a veículos de combate Bradley, os norte-americanos ofereceram a Kiev uma extensa lista de 77 itens, que tem aumentado desde o dia 24 de fevereiro de 2022. A assistência dos países ocidentais tem sido fulcral para as forças ucranianas continuarem a resistir ao exército de Putin, mas a dos EUA assume uma importância acrescida.

“Enquanto a vitória dos ucranianos significar a preservação da maior parte do território da ocupação russa, então essa vitória depende totalmente dos Estados Unidos, da liderança política oferecida pelos norte-americanos e do armamento que dela deriva”, analisa Frank Ledwidge, professor de estratégia militar da universidade inglesa de Portsmouth. A contribuição dos membros da NATO e da União Europeia também importa, mas “nenhum país europeu tem capacidades minimamente comparáveis de produção e fornecimento de armamento [às dos EUA]”, complementa Bruno Cardoso Reis, professor do Instituto Universitário de Lisboa e especialista em segurança internacional.

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