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Guerra na Ucrânia

Reportagem com detidos russos numa prisão da Ucrânia: “Pedi ajuda, disseram-me para rastejar sozinho”

Os reclusos russos são tratados com humanidade depois de capturados pelas autoridades ucranianas. A maior parte do dia é passada a trabalhar atrás das grades
Os reclusos russos são tratados com humanidade depois de capturados pelas autoridades ucranianas. A maior parte do dia é passada a trabalhar atrás das grades

O Expresso teve acesso a uma prisão onde são mantidos prisioneiros de guerra russos, uma moeda de troca vital para Kiev poder trazer os seus para casa. Alguns falam em arrependimento

Reportagem com detidos russos numa prisão da Ucrânia: “Pedi ajuda, disseram-me para rastejar sozinho”

Iryna Shev

Texto e fotos

O cheiro não é agradável. É uma mistura de sujidade, pó e sangue seco. Fica preso nas narinas, criando, talvez por sugestão, um sabor metálico na boca. Os sacos, de onde emana o odor, estão identificados com etiquetas com o apelido e as primeiras letras do primeiro nome e do patronímico. É nesta sala, de quatro por sete metros quadrados, sem janelas e uma luz branca a fraquejar, que os prisioneiros de guerra russos tiram as fardas que trazem, a maior parte deles vem diretamente do campo de batalha, com ferimentos. Recebem uma farda azul, de verão ou de inverno, dependendo da altura do ano, chinelos, dois pares de sapatos, toalhas, roupa interior, pijama, elixir bocal, escova e pasta de dentes, um copo de plástico e um sabonete.

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