Yuriy Belousov, chefe de departamento do gabinete do procurador-geral da Ucrânia, revela ao Expresso a abrangência dos crimes de guerra cometidos pela Rússia e fala sobre as dificuldades de reunir provas e preservá-las. O Expresso entrevistou-o em Lisboa, onde se realiza, entre os dias 27 e 30 de maio de 2025, uma training school internacional dedicada às boas práticas na entrevista investigativa de pessoas vulneráveis. A formação integra-se no projeto europeu ImpleMéndez (COST Action CA22128), que visa promover a implementação dos Princípios Méndez — um conjunto de orientações internacionais que promovem entrevistas eficazes, éticas e não coercivas no âmbito da justiça criminal. A iniciativa é promovida por instituições-chave do sistema de justiça português, incluindo a Polícia Judiciária, o Ministério Público, o Conselho Superior da Magistratura e o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
O procurador ucraniano, que já foi membro das Forças de Paz das Nações Unidas e ativista de direitos humanos em organizações não-governamentais, também garante que a guerra na Ucrânia já estabeleceu precedentes em termos de processamento de casos.
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