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Guerra na Ucrânia

A maior troca de prisioneiros de guerra entre Rússia e Ucrânia: reencontros felizes, famílias desesperadas por notícias dos que não voltaram

Libertação de prisioneiros de guerra na Ucrânia
Libertação de prisioneiros de guerra na Ucrânia
André Luís Alves

Mil por mil, foi o acordo firmado em Istambul entre a Rússia e a Ucrânia, confirmando a que viria a ser a maior troca de prisioneiros desde início da invasão russa em 2022. Já se realizaram 65 trocas e 5757 presos regressaram a território ucraniano. O Expresso visitou o local - que não pode ser identificado - e assistiu ao momento da chegada dos últimos 303 prisioneiros, militares e civis. Foram três dias intensos. A maioria das famílias esperava por notícias dos desaparecidos ou dos que ainda estão presos

“Trouxe-lhe uma pulseira porque ele faz 35 anos. Tem as iniciais dele. Foi a minha filha que a fez”, diz uma mãe de mão dada com uma criança. A poucos minutos do reencontro, não se detém mais, e vai para junto de um dos libertados para o abraçar. Acabaram de chegar os últimos 303 prisioneiros de guerra, dos mil incluídos nesta troca acordada entre russos e ucranianos. Os jornalistas e fotógrafos não param, como abelhas, à procura de histórias.

Lilya espera pelo tio Valera que esteve preso três meses. “Ainda estou a processar tudo isto. Claro que é uma boa notícia”, soluça, com os olhos inchados de chorar e de lenço de papel na mão. Como Lilya, estão presentes centenas de pessoas que partilham um mar de emoções, diametralmente opostas: os que receberam por fim os familiares, e os que reforçam a angústia da incerteza pela escassez de informações.

Yaryna e a filha abraçam Viktor, que está finalmente livre, num comovente momento de reencontro familiar.

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