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Guerra na Ucrânia

Cresce frustração de Trump com Putin em relação à Ucrânia: afastamento da Rússia “é cada vez mais provável”

Cresce frustração de Trump com Putin em relação à Ucrânia: afastamento da Rússia “é cada vez mais provável”
Win McNamee

Embora a abordagem inicial da administração Trump tenha sido a de apaziguar a Rússia, começam a surgir sinais de mudança, em direção a uma postura mais equilibrada, reconhecendo a soberania da Ucrânia e as complexidades do conflito. O facto de a Rússia não ter demonstrado qualquer vontade de cessar as hostilidades está a frustrar o Presidente dos EUA

No mundo do xadrês, chama-se ‘zugzwang’ - a “obrigação de mover”, sabendo-se, contudo, que qualquer movimento enfraquecerá a situação do jogador. E foi esta “jogada brilhante e bem calculada” de Volodymyr Zelensky — apoiada por Donald Trump — que colocou Vladimir Putin nessa posição, entende Igor Gretskiy, analista do Centro Internacional de Defesa e Segurança, na Estónia. O especialista interpreta desta forma as circunstâncias em que se encontra a Ucrânia, depois de um fim de semana de anúncios diplomáticos. “Cada movimento que Moscovo faz só piora a sua posição”, diz Gretskiy, ao Expresso.

Os líderes europeus reuniram-se em Kiev, no sábado, com o Presidente ucraniano, para pressionarem o líder russo, para um cessar-fogo. Já depois da meia-noite, o líder do Kremlin prestou declarações em Moscovo, avançando com uma proposta de negociações em Istambul, na Turquia. Zelensky acedeu, após a pressão pública do Presidente norte-americano — que salientou que Putin não quer um cessar-fogo prévio às conversações, e que Kiev deveria aceitar o “avanço” —, e inseriu uma reviravolta: estaria presente em Istambul, mas apenas se Vladimir Putin também comparecesse.

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